segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vai fazer sol, acreditem!!!



A íntegra do texto de Rubens Alves que distribui na aula passada. Rumo a Imbé na próxima sexta-feira! Vai fazer sol, acreditem!!!

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que
ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente,
mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em
reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de
conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do
mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com
a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir
estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do
relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a
limpo'. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo
majestoso cargo de secretário-geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não
debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso
para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua
mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja
tão-somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e
pessoas de verdade, desrutar desse amor absolutamente sem fraudes,
nunca será perda de tempo."
(Rubem Alves)

domingo, 15 de novembro de 2009

A paisagem do Imbé


A paisagem do Imbé
Imbé faz parte do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e sua economia está associada à atividade turística de veraneio, o que confere a região características de grande variação sazonal da população e intensa urbanização. Por esse motivo, muitas vezes, a dinâmica desse ambiente, assim como a flora e fauna, passam despercebidas pelas pessoas que só veraneiam ou até por aquelas que residem no litoral.
A paisagem do litoral gaúcho é constituída pelas praias marinhas, dunas, lagoas doces e salobras, encostas da serra e pelos banhados. Todos esses ecossistemas fornecem um valor paisagístico único. O Rio Grande do Sul, entre os estados atlânticos do Brasil é o que possui o litoral mais uniforme, e nele os maiores lagos do país.
O litoral rio-grandense apresenta vários caracteres peculiares. Existe uma uniformidade de estrutura em toda a sua extensão, com exceção a Torres; há um paralelismo de disposição evidente dos elementos da paisagem, já que tudo se orienta em direção sudoeste-nordeste e por último a multiplicidade de coloridos produziu uma paisagem exclusivamente rio-grandense que não há similar em todo o Brasil (1).
A paisagem litorânea é alterada freqüentemente, seja pela interferência direta ou indireta do homem ou por fatores físicos, químicos e/ou biológicos. As zonas costeiras são afetadas pelas mudanças do clima e do nível do mar, além da exploração pelo homem, que leva ao declínio gradativo dos recursos em diversas escalas, principalmente na escala regional. Entre as atividades do homem que alteraram consideravelmente a paisagem do litoral, através do desmatamento, bem como por drenagens, destacam-se: criação de gado, plantação de arroz e grandes extensões de monocultura de eucaliptos e de Pinus.
A vegetação
A delimitação real dos domínios da Mata Atlântica tem gerado muitas discussões. Originalmente, se estendia do Ceará ao Rio Grande do Sul e praticamente acompanhava todo o litoral brasileiro, cobrindo 1.306.421 km2 do território; atualmente, restam 8% do bioma original (2). A Mata Atlântica é constituída por florestas de planície e de altitude, matas costeiras e de interior, ilhas oceânicas e ecossistemas associados, como restingas, manguezais e campos de altitude.

A ocupação estrangeira do território brasileiro se deu pela costa, através de um pensamento de conquista e uso de um número máximo de recursos, sem nenhuma pretensão de conservação e manejo e sim atendendo a evolução econômica.

Mesmo restando tão pouco da cobertura original, a Mata Atlântica ainda é uma das florestas com maior biodiversidade do mundo. Muitas espécies ameaçadas de extinção e/ou endêmicas dependem desse bioma para a sua sobrevivência e conservação.

A vegetação que observamos atualmente na faixa litorânea em Imbé pertence à restinga, que é um ecossistema associado à Mata Atlântica. No entanto, a forte pressão antrópica e o aumento da urbanização fizeram com que restassem poucas áreas com condições favoráveis ao estabelecimento e a conservação da vegetação. Mesmo assim, em algumas faixas de dunas no Imbé ainda podemos avistar a flora e a fauna associada que fazem parte da restinga.

As areias litorâneas oferecem um substrato desfavorável à vida vegetal. Alguns fatores dificultam o estabelecimento de vegetais na planície litorânea. Entre eles: a areia é pobre em substâncias nutritivas para as plantas, a permeabilidade quanto a água é alta, há uma quantidade de sal marítimo que imobiliza grande parte da água infiltrada, o calor do sol é intenso e faz evaporar a umidade das camadas superficiais, o vento causa um impacto nas partes aéreas dos vegetais e é o principal responsável pela mobilidade das dunas, que muitas vezes acaba soterrando regiões nas quais vegetais conseguem se fixar(3).

No entanto, mesmo com todos esses fatores que dificultam a fixação e a sobrevivência dos vegetais nesse ambiente, a natureza sempre se mostra desafiadora. Existem espécies vegetais tolerantes e adaptadas a essas condições. Algumas características fisiológicas e/ou morfológicas na planta podem aumentar a sua tolerância, como por exemplo: ser suculenta, apresentar abcissão foliar, possuir um reduzido número de estômatos, e apresentar glândulas de excreção de sal, entre outras.

A vegetação de restinga é bastante complexa e vai desde tipos herbáceos até arbustivos e arbóreos. As dunas podem ser divididas em primárias (antedunas), secundárias e terciárias. As dunas primárias constituem uma comunidade pobre na riqueza de espécies, formada basicamente por Paspalum vaginatum, espécie extremamente tolerante à salinidade. Nas dunas que se estendem paralelamente à costa, as secundárias e terciárias, há uma diversidade mais elevada onde comunidades diferentes alternam-se devido a maior ou menor influência do lençol freático (4). Espécies como Hydrocotyle bonariensis e Panicum racemosum são características nessas dunas.

As dunas secundárias e terciárias possuem um papel ecológico importante na formação e na fixação das dunas costeiras, já que apresentam adaptações ao contínuo soterramento pela areia transferida pelo vento (5). No entanto, apenas uma faixa pequena da planície litorânea em Imbé ainda possui dunas secundárias e terciárias, estas foram substituídas por calçadões e por construções de quiosques, casas e etc. Mesmo assim, em função da fragilidade dos ecossistemas de restinga, a vegetação que existe, exerce um papel fundamental para a estabilização dos sedimentos e a manutenção da drenagem natural, bem como para a preservação da fauna residente e migratória associada.

A fauna

O Rio Grande do Sul tem uma importância ecológica mundial no que diz respeito às aves migratórias. Além destas, muitas aves residem na costa litorânea, e podem ser vistas com facilidade em Imbé. Algumas espécies que ocorrem no Imbé estão organizadas numa lista (Tabela 1).

A listagem a seguir teve como base o material elaborado pelo Ceclimar e pela UFRGS (Aves de Imbé-Litoral Norte/RS), tendo sido este revisado e atualizado com base na lista proposta pelo CBRO (Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos) 2006, Listas de Aves do Brasil. Versão 10/02/2006. Disponível em http://www.cbro.org.br Acesso em {25/04/07}.


Tabela 1. Aves de Imbé, litoral norte do Rio Grande do Sul.
Espécie Nome comum Família Status
Plalacrocorax brasilianus biguá Phalacrocoracidae R
Ardea Alba garça-branca-grande Ardeidae R
Egretta thula garça-branca-pequena Ardeidae R
Syrigma sibilatrix maria-faceira Ardeidae R
Nycticorax nycticorax savacu Ardeidae R
Mycteria americana cabeça-seca Ciconidae R
Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro Accipitridae R
Milvago chimango Chimango Falconidae R
Falco sparverius quiriquiri Falconidae R
Caracará plancus carcará Falconidae R
Haematopus palliatus piru-piru Haematopodidae R
Pardirallus sanguinolentus saracura-do-banhado Rallidae R
Jacaca jacaca jaçanã Jacanidae R
Himantopus himantopus pernilongo Recurvirostridae R
Vanellus chilensis quero-quero Charadriidae R
Espécie Nome comum Família Status
Charadrius collaris batuíra-de-colar Charadriidae R
Charadrius falklandicus batuíra-de-coleira-dupla Charadriidae VN
Tringa melanoleuca maçarico-de-perna-amarela Scolopacidae VN
Gallinago paraguaiae narceja Scolopacidae R
Larus dominicanus gaivotão Laridae R
Sterna trudeaui trinta-réis-de-coroa-branca Laridae R
Rynchops niger talha-mar Rhynchopidae R
Zenaida auriculata pomba-de-bando Columbidae R
Columba Lívia pomba-doméstica Columbidae R
Leoptotila verreauxi juriti-pupu Columbidae R
Crotophaga ani anu-preto Cuculidae R
Guira guira anu-branco Cuculidae R
Athene cunicularia coruja-buraqueira Strigidae R
Hylocharis chrysura beija-flor-dourado Trochilidae R
Colaptes melanochlorus pica-pau-verde-barrado Picidae R
Colaptes campestris pica-pau-do-campo Picidae R
Furnarius rufus joão-de-barro Furnariidae R
Xolmis irupero noivinha Tyrannidae R
Satrapa icterophrys suirir-pequeno Tyrannidae R
Machetornis rixosus suiriri-cavalheiro Tyrannidae R
Pitangus sulphuratus bem-te-vi Tyrannidae R
Tyrannus savana tesourinha Tyrannidae VS
Progne tapera andorinha-do-campo Hirundinidae R
Troglodytes musculus corruíra Certhiidae R
Sicalis flaveola canário-da-terra Emberizidae R
Thraupis sayaca sanhaçu-cinzento Emberizidae R
Coereba flaveola cambacica Emberizidae R
Sturnella superciliaris polícia-inglesa Icteridae VS
Amblyramphus holosericeus cardeal-do-banhado Icteridae R
Molothrus bonariensis chopim gaudério Fringillidae R
Passer domesticus pardal Passeridae R


Além destas aves citadas na lista, algumas aves marinhas pelágicas migram para o litoral gaúcho, como albatrozes, petréis e pingüins.
Em relação aos cetáceos, grupo representado por baleias, botos e golfinhos, até o momento, é conhecida a ocorrência de 42 espécies para o Brasil, sendo que o Rio Grande do Sul é a área com uma das maiores diversidades do país. Atualmente, são registradas 34 espécies para a água do Estado, o que representa 80% de todas as espécies do país. No entanto, muitas dessas espécies não são avistadas por serem oceânicas (6).

As espécies de cetáceos mais freqüentemente encontradas são Pontoporia blainvillei (toninha), Tursiops truncatus (golfinho-comum), Eubalaena australis (baleia-franca) e Delphinus delphis (delfim-comum) (7).

Entre os pinípedes, as espécies mais observadas são Otaria flavescens e Arctocephalus tropicalis, principalmente durante o outono e a primavera (8). Os outros pinípedes são visitantes ocasionais.

• Relação pescador-boto-tainha no estuário do Rio Tramandaí

Entre Tramandaí e Imbé, no Rio Tramandaí e no Rio Mampituba, existe uma forte cooperação entre o homem e os botos, os pescadores se introduzem no mar até a cintura, enquanto o boto ecolocaliza o cardume e o conduz até próximo à costa, avisando do melhor momento para o tarrafeio (9). Essa interação, entre os pescadores e os botos, pode ser vista acontecendo com uma certa facilidade na barra; de um lado os homens possuem sucesso na pesca e por outro, os botos aproveitam as tainhas que escapam da rede. A pesca é altamente ritualizada e parece envolver comportamento aprendido tanto no homem como no delfim. Pesca especializada culturalmente transmitida. Os estuários funcionam como regiões de reprodução e crescimento para muitas espécies de peixes, que se beneficiam das condições de “abrigo” e da disponibilidade de alimentos.

Conservação

Estamos vivendo uma crise ambiental mundial, ao mesmo tempo, há um crescente comprometimento para resolver os problemas atuais. Dessa forma, devemos pensar num gerenciamento costeiro de qualidade, na qual esteja incluído o manejo adequado de todos os recursos naturais, para que haja uma redução da ameaça a flora e a fauna, possibilitando dessa forma uma vivência mais harmônica do homem no litoral. Esse gerenciamento deve ser pensado de forma a conservar a biodiversidade e respeitar o habitat na qual estamos inseridos e dependemos dele para uma boa qualidade de vida.

Para que possamos usufruir o que a paisagem nos proporciona e utilizar os recursos naturais do litoral gaúcho por muitas gerações, é necessário que haja conhecimento científico, consciência e gerenciamento. Para isso, devemos buscar as conexões responsáveis pela manutenção do ecossistema; pensar na conservação em escala apropriada, ou seja, não apenas em conformidade com as fronteiras políticas estabelecidas pelos governos; reconhecer que o ser humano faz parte dos ecossistemas e que valores humanos influenciam a conservação ou destruição dos ecossistemas.

Algumas medidas podem ser feitas para ajudar na conservação do litoral, como a limitação de extração de recursos naturais, controle do lançamento de resíduos, do uso do solo e etc. Devemos juntar esforços na conscientização (educação ambiental), na fiscalização (leis cumpridas) e na pesquisa científica para a melhor compreensão da estrutura, na composição da flora e fauna, das interações entre o homem e o meio ambiente.


NOTAS
1- RAMBO, B. A fisionomia do Rio Grande do Sul. 2°ed. Porto Alegre: Selbach, 1956.
2- SCHAFFER, W. B.; PROCHNOW, M. (Orgs). A Mata Atlântica e você: como preservar, recuperar e se beneficiar da mais ameaçada floresta brasileira. Brasília, APREMAVI, 2002.
3- Ver nota 1.
4- PFADENHAUER , J. & RAMOS, R.F.. Um complexo de vegetação entre dunas e pântanos próximo a tramandaí-Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, ser. Bot., Porto Alegre, 1979.
5- Ver nota 1.
6- FONTANA, C.S; BENCKE, G..A; REIS, R.E. (Org). Livro Vermelho da fauna ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul. EDIPUCRS, Porto Alegre, 2003.
7- SEELIGER, U., ODEBRECHT, C. & CASTELLO, J.P. (Eds). Os ecossistemas Costeiro e Marinho do Extremo Sul do Brasil. Editora Econscientia, Rio Grande, 1998.
8- Ver nota 7.
9- TABAJARA,L. Aspectos da relação pescador-boto-tainha no estuário do Rio Tramandaí-RS. In: Botos do Rio Tramandaí. Prefeitura Municipal de Tramandaí/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 76 p., 1992.

Texto Biologa Bianca H

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CECLIMAR


Bem, vou manifestar-me também.

Infelizmente, muitos voltarão no sábado, e alguns irão no sábado. Não sei quem ficará até domingo, e tenho dúvidas, é claro, quando à produtividade desta oficina. Entendo as razões de todos, mas meu compromisso é com a disciplina e com o CECLIMAR.

Gostaria de ter mais claro, quem irá de ônibus ou carro particular, e definir um horário d eencontro para sexta-feira. Saíremos - os que vão de ônibus, pelo menos, Tamáris, eu e o Gus - as 15 horas. Assim, penso que 17:30 seja um horário razoável para começarmos os trabalhos. Isso ainda depende, é claro, do pessoal do CECLIMAR. De todo modo, temos muito o que fazer, com ou sem eles.

Peço que todos levem material para registros e para desenhar. Espero que possamos já ter elementos de projeto para discutir ao final da oficina e na próxima aula em ateliê (lembrando que, no dia 23/10 não estarei presente e, neste sentido, a turma deve auto-organizar-se e produzir bastante na minha ausência). Esclareço que, ao contrário do qu eue esperava, só estarei d evolta da Argentina na segunda-feira, 26 de outubro, em razão da indisponibilidade de vôoso de volta antes dessa data.

Peço que tenham em menta a pauta preliminar de enfoques, na perspectiva de que as duplas vão debruçar-se diretamente em seus temas. Assim, penso que vocês podem se preparar para isso, eventualmente levando consigo eventuais referências de apoio: livros, revistas, e sei lá mais o que.

Outra pergunta que não quer calar é: isso vai dar pé?
A resposta é: siiimmm, vai dar o maior pé, porqu evale a pena, e porque queremos realizar um bom trabalho, de verdade!

abraços a todas/todos,

Leandro

CECLIMAR


Pessoal:

Rápidos comentários sobre a mensagem da Tamáris:

I - Discutimos a possibilidade de realizar a viagem em carros particulares. Sou, pessoalmente, contra, mas parece haver uma tendência em relação a isso. Neste caso: i) precisariamos de três carros disponíveis (eu não tenho); ii) rachariamos a gasolina e os pedágios, mas perderíamos o direito do ressarcimento, creio eu; iii) nem precisaria dizer, mas fica o registro: motoristas estremamente (exageradamente, até) prudentes.

II - Quanto à pauta de enfoques projetuais que apresentei, deve ser enrtendida como um esboço. É importante de todos se coloquem nessa discussão, com libertade para questionar se esse é o modo correto de fazer as coisas

III - Ainda quanto à pauta, é inaceitável que os temas "layouts" e "novos espaços" fiquem em aberto. Talvez sejam estes os focos mais urgentes, na perspectiva do Ceclimar.

IV - E, ainda quanto à pauta, lembro que "existe" uma linha pontilhada a ser preenchida. Ou várias delas: demandas que, em minha síntese, eu não tenha percebido.

V - O tema da participação: precisamos encontrar formas para superar esta barreira. De fato, neste momento, minha mais forte impressão é de que a comunidade do CECLIMAR tende a permanecer passiva (razões a discutir). Talvez sequer estejam informados do nosso trabalho; talvez simplesmente esperem que os 'arquitetos" resolvam a s coisas sozinhos. Nossa perspectiva "insurgente" precisa estar clara, como um postulado do qual não podemos abrir mão. Ou seriamos mais um "escritório" desses que a gente vê por aí. Talvez tenhamos que pensar em "formas alternativas" de participação.

VII - Programação: pensamos na idéia de uma confraternização com a comunidade do CECLIMAR. Pensar é fácil, realizar é mais difícil. Penso que isso pode ser possível se o pessoal de lá aderir e, em alguma medida, assumir a iniciativa.

VIII - Metodologia: a abordagem a partir de uma pauta de enfoques articulados é francamente aleanderiana. mas estamos devendo a Paulo Freire uma postura mais ativa e comprometida, Nossa primeira oficina foi, em minha opinião, fantástica. mas os encontros seguintes, em ateliê, deixaram um pouco a desejar. Alguns estão meios sumidos! Vamos pegar juntos!!!! Por outro lado, a abrodagem lyncheana foi, no meu entender, muito adequada e operativa para compreender a problemática geral e para nos permitir uma primeira síntese da estrutura ambiental. Tudo isso tem que ser potencializado na próxima oficina.

XIX - Compromisso acadêmico: vale lembrar que cada oficina representa, mais ou menos 15 horas-aulas, das 90 h/a previstas. Embora eu tente ser bastante generoso em relação a presença, buscando valorizar a participação real e contribuição efetiva aos trabalhos, quero chamam atenção em relação à ausência neste momentos. Todos estavam conscientes, no momento da matrícula, quanto a proposta de trabalho. Este comentário não tem o objetivo de gerar constrangimento, mas sim chamar atenção para o comprometimento, e evitar surpresas e descontentamentos posteriores.

X - Por tudo o que escrevi acima, e para que possamos definir os últimos detalhes, peço que todos se manifestem com suma urgência, confirmando a presença. A Nati acabou de confirmar; eu e o gus também!

Abraços a todas e todos, com grande otimismo,

Leandro


Colegas!


Nosso “plano B” novamente em ação!

Como foi acertado na aula da última sexta-feria, está confirmada a nossa
saída de campo ao CECLIMAR. Mais uma vez cada um terá de arcar com suas
despesas de transporte hospedagem em um primeiro momento, pois pedimos
o reembolso junto a Pró-Reitoria de Graduação (que será confirmado OU NÂO

na quinta-feria, dia 15/10). Caso seja aprovado o resarcimento será pago
somente em novembro.

Lembrem que cada um é responsável por adquirir sua passagem. Achamos
que o horário mais adequado é o de sexta-feira às 15h - ônibus que vai
para a rodoviária de Tramandaí, pois a Prof° Carla Ozorio convocou todos
os funcionários do CECLIMAR para uma reunião/integração com a gente às 17h

de sexta. O retorno está previsto para a tarde de domingo.

Lembrando que a passagem custa R$19,35 sem seguro e R$20,60 com
seguro e também pode ser adquirida próxima a faculdade, no
posto de venda da João Pessoa (Av. João Pessoa 1831, praticamente
embaixo do viaduto)!


Outro lembrete: A colônia de férias não disponibiliza roupa de cama, nem de
banho e nem objetos de higiene pessoal. Então levem seus lençóis, cobertores,
toalhas e afins. E um bom par de tênis , pois possivelmente teremos de fazer
o trajeto entre nossa hospedagem e o CECLIMAR a pé e é uma distância
considerável.

Como acertamos também na aula de sexta, seguem abaixo a nossa
"divisão de tarefas" que foi definida por sorteio!Como quatro pessoas
não estam presente no momento, elas também foram colocadas em duplas.
Só que não designamos para duplas iriam os dois assuntos que sobrarm
no sorteio, então aguardo manifestações de "quem quer o quê"!

- Nati e Letícia - Interface ponte/CECLIMAR.
- Bruna e Xu - El gordo e sus amigos.
- Tamáris e Ju - readequação ambiental.
- Ripoll e Rodrigo - Interface Lago Ceclimar.
- Waldo e Cristiane - ?
- Cecília e Thaís - ?

Assuntos que "sobraram":
-rearranjo e layouts
-Novos espaços e demandas



Peço que os interessados em participar se manifestem!



Qualquer dúvida estou a disposição!
Abraços.

domingo, 11 de outubro de 2009

Proposta de expansão predial e de uso da área do CECLIMAR


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
CECLIMAR/IB

Proposta de expansão predial e de uso da área do CECLIMAR



Direção 2008/2009
Profa Carla Penna Ozório e Eliane K. dos Santos

Plano diretor do CECLIMAR

Prédios/Espaços Existentes Prédios/Espaços Necessários
Áreas de preservação permanente
Área para tratamento de efluente (esgoto)
Guarita para a segurança
Prédio Administrativo Adequação do prédio para funcionar o administrativo, a biblioteca, o departamento; os laboratórios de pesquisa
Anexo do Administrativo (garagem, depósito)
Centro de Convenções para eventos pequenos (capacidade 150 pessoas) com auditório, duas salas, sanitários feminino e masculino, copa, espaço para exposição de pôster (hall amplo, espaçoso)
Quiosque e sanitários Centro de convivência espaço coberto com lancheria, sanitários, diretório acadêmico
Área para estacionamento para ônibus
Área para estacionamento par carros
Graduação Prédio I Graduação Prédio I
Ampliação do espaço da graduação com mais um prédio - Graduação Prédio II (laboratórios)
CERAM CERAM mais área ampliada
Museu Adequação da área da piscina
Recinto dos tubarões-fixa
EcoMuseu (torre de observação de aves, passarelas e decks sobre o pântano salgado da margem)
Área de lazer para a comunidade local para a prática de pesca
Anexo do gerador e filtro, Ampliação e Mudança de local do Anexo do gerador e filtro
Anexo administrativo do museu Ampliação do anexo administrativo
Marina Ampliação da marina
Galpão dos barcos


Divisão Administrativa
Setor Espaço fisco necessário (EFN) Área do EFN (m2) Finalidade do EFN e especificações


Administrativo Gabinete Diretor Substituto 9 m²
Gabinete Fundador 9 m²
Sala de reuniões 16 m² Realizar reuniões para um grupo de 10 a 12 pessoas
Arquivo morto 9m2 Guardar documentos
Núcleo de Informática 30m2 Duas salas: uma para três servidores (técnico em informática, gerente de rede e bolsista) e outra para equipamento de rede
Ampliação de sanitários 16 m² Aumento de sanitários masculino e feminino, com adaptação para portadores de necessidades especiais
Financeiro, Compras e Projetos e Obras Ampliação de sala compartilhada dos servidores 30 m2 Sala de uso compartilhado com atendimento de pessoas pelos servidores
Departamento do CECLIMAR Gabinetes para docentes (06) 54 m2 (6 X 9 m2)

Divisão de Infra-Estrutura
Setor Espaço fisco necessário (EFN) Área do EFN (m2) Finalidade e especificações do EFN
Manutenção predial
Limpeza
Jardinagem Sala de apoio para servidores 9m2
Vestiários para terceirizados da limpeza 9 m2
Depósito 40m2 Salão de alvenaria com divisórias internas para guardar 1) ferramentas, equipamentos e outros material relativos à manutenção predial; 2) material de limpeza em geral; 3) maquinário e ferramentas de jardinagem e combustível; 4) material de expediente
Transporte Vestiários para motoristas terceirizados 9 m2
Garagem 70m2 Abrigo para três veículos
Segurança Guarita Sala para central de câmaras 9 m2
Vestiário com sanitário 16 m2 Guardar equipamentos
Divisão de Ensino e Pesquisa
Setor Espaço fisco necessário (EFN) Área do EFN (m2) Finalidade e especificações do EFN
Graduação em
Biologia Marinha Salas para aula teórica (03) (3 X 50m2) Cada sala com capacidade 40 alunos
Laboratório de ensino em Biologia I 50m2 Laboratório com estereomicroscópios com capacidade 20 alunos
Laboratório de ensino em Biologia II 50m2 Laboratório com microscópios com capacidade 20 alunos
Laboratório de apoio 16m2 Sala para dois laboratoristas
Sala da coleção zoológica didática 50m2 Abrigar animais conservados utilizados em aula prática
Laboratório de ensino em Biologia Molecular 50m2 Laboratório para práticas de biologia molecular com capacidade 20 alunos
Laboratório de Bacharelado I – Biologia Marinha 30m2
Sala para alunos desenvolverem o TCC, capacidade para 10 alunos – Prédio Administrativo, área de pesquisa
Laboratório de Bacharelado II – Gestão Ambiental 30m2 Sala para alunos desenvolverem o TCC, capacidade para 10 alunos – Prédio Administrativo, área de pesquisa
Diretório Acadêmico 20m² Sala no Centro de Convivência


Setor Espaço fisco necessário (EFN) Área do EFN (m2) Finalidade e especificações do EFN
Biblioteca para atender dois cursos de graduação (Biologia Marinha e Turismo Sustentável
Gabinete para 2 bibliotecários 16m2
Recepção 16m2 Retirada e devolução de livros e armários escaninho
Ampliação área do acervo de livros já existente 8 m² Ampliação da área já existente para aumentar o número de estantes
Área para estudos individuais e em grupo 50 m²
Área com mesas para estudo contíguo a área do acervo de livros
Ampliação da área do acervo de periódicos 8 m²
Ampliação da área já existente para aumentar o número de estantes
Gabinetes para trabalho em grupo (02) 32 m² Duas salas para trabalho em grupo de 8 pessoas limitadas por divisórias parcialmente envidraçadas e com isolamento acústico
Sala de consulta à Internet Sala para 12 computadores limitada por divisórias parcialmente envidraçadas para consulta ao sistema, correio eletrônico, pesquisa na internet

Setor Espaço fisco necessário (EFN) Área do EFN (m2) Finalidade e especificações do EFN
Laboratório de Análise de Águas e Sedimentos e Biologia do Pescado – Bentos
Logística de Campo Gabinete químico 9m2
Gabinete para estagiários 16m2
Ampliação da sala de tratamento e análise do pescado 20m2
Sala de Triagem e análise de Invertebrados Marinhos 30m2
Área destinada para análise de plâncton, bentos e outros organismos marinhos. Sala de alvenaria com duas bancadas laterais, espaço para pia de inox e sistema de exaustão ?
Salas de análise de Parâmetros Sedimentológicos 24m2 Pesagem e pipetagem de amostras de sedimento Sala com capela e três bancadas: a primeira de alvenaria com pés duplos preenchidos com areia para balanças; a segunda de alvenaria normal e a ultima de alvernaria normal com pia
20m2 Peneiramento e armazenamento de amostras Área de depósito de amostras com área aproximada.
Depósito de Resíduos Químicos 10m2
Depósito de estocagem temporária de resíduos químicos gerados pelas práticas dos projetos e de aulas práticas desenvolvidas no Centro. Sala, onde três de suas faces deverão ser de alvenaria e uma delas apenas gradeada para maior ventilação. Inclusive, sem forro e em uma área um pouco afastada do prédio central.
Depósito de material de coleta 10m2
Sala para guardar materiais de coleta como: peneiras, redes, coletes de salva-vidas, bambonas, baldes, dragas, etc. Sala de alvenaria




Setor Espaço fisco necessário (EFN) Área do EFN (m2) Finalidade e especificações do EFN
CERAM Gabinete do coordenador 9m2
Gabinete para biólogo e veterinário 16m2
Gabinete de estagiários 16m2
Vestiários feminino e masculino com sanitários 28m2 Com espaço para armário, um box de chuveiro e um box para vaso sanitário.
Ambulatório 25m2
Ambulatório para triagem e diagnóstico, realização de exames laboratoriais e pequenos procedimentos e cirurgias. Sala com bancada para pequenos procedimentos; bancada para utilização de microscópio/lupa; bancada com pia inox para instalação de balança de grande porte, espaço para uma mesa inox usada em pequenas cirurgias e espaço para armário para guardar medicamentos e material de consumo
CERAM Sala para limpeza dos animais 32m2
Sala com sistema de canaletas e tubulação de água quente e fria para lavagem de pingüins Para captação da água de lavagem e resíduos haverá uma calha no piso, que levará até uma caixa separadora de água/óleo. Após esse tratamento, os dejetos seguirão ao sistema de esgoto convencional: fossa séptica – filtro anaeróbico – sumidouro, atendendo, assim, a legislação municipal. Serão instaladas luminárias pendentes, utilizadas para aquecimento dos pingüins..
CERAM
Sala para tratamento de aves 30m2
Sala para abrigar aves em tratamento prolongado. Sala de alvenaria onde a parte interna será dividida em forma de box em vários tamanhos com porta de grade. Ambiente com estrada de água, cocho para alimentação e sistema de escoamento para limpeza. Sistema elétrico adequado para o cada ambiente
CERAM Sala de necropsia 20m2 Sala para análise dos espécimes que vem a óbito no CERAM. Sala de alvenaria, com bancada de concreto, canaletas para escoamento e sistema de exaustão
Sala de preparação de material osteológico 15m2
Sala para maceração de material osteológico e de fixação e conservação de espécimes. Sala de alvenaria com canaletas, destinada à instalação de tanques de fibra, com capacidade de 1000 litros. Espaço para freezers
Sala de preparação de alimentos 12m2 Para preparação e acondicionamento de alimentos dos animais. Sala de alvenaria, que contará com uma bancada de concreto para preparação dos alimentos, pia com tampo inox.
Minizoológico
Intervenção paisagística Definição paisagística do minizoo estabelecendo-se o número e tipos de recintos que devem fazer parte do acervo permanente
Ampliação do recinto para o leão-marinho
Recinto para Aves 30m2
Recinto para abrigar aves que já estão tratadas e precisam exercitar pequenos vôos, aprender a se alimentar sozinha, até ser reintroduzidas na natureza. Recinto com três faces de alvenaria e uma de grade. Ambiente com estrada de água, cocho para alimentação e sistema de escoamento para limpeza.
Recinto para primatas 5m2
Recinto para contenção temporária de primatas. Local onde o animal precisa ser abrigado quando estiver num período maior de tratamento. Recinto com três faces de alvenaria e uma de grade. Ambiente com estrada de água, cocho para alimentação e sistema de escoamento para limpeza.
Sala para preparação de alimentos 12m2
Para preparação e acondicionamento de alimentos dos animais. Sala de alvenaria, que contará com uma bancada de concreto para preparação dos alimentos, pia com tampo inox.



Divisão de Extensão
Setor na Divisão Espaço fisco necessário EFN Área do EFN (m2) Finalidade do EFN
Museu Sala de exposição Adequação do espaço da piscina (terrário) e mudança dos aquários de água-doce para junto dos de água salgada
Sala de reserva técnica 40m2 Guardar objetos e acervo do museu que não se encontram expostos e necessitam de acondicionamento apropriado
Sala de coleção científica
Recinto para os tubarões-lixa Piscina adequada para a manutenção dos tubarões-lixa
Ampliação do anexo administrativo 16m2 Sala para dois servidores (biólogo e pedagogo)
16m2 Sala para estagiários
sanitário masculino (pia e vaso)
Área de copa
Ampliação e mudança de local do anexo do gerador e filtro 30m2 Laboratório de manutenção de aquários
9m2 Sala de apoio para dois servidores
Sanitário (pia e vaso)



Setor na Divisão Espaço fisco necessário EFN Área do EFN (m2) Finalidade do EFN
Educação Ambiental/CECLIMAR e Navegar/ESEF Gabinete CECLIMAR 12m2 Sala para servidor responsável pelo programa de cursos oferecidos pelo CECLIMAR (Prof. Pedroso)
Sala para servidores do CECLIMAR 16m2 Sala para dois servidores
Sala para Monitores CECLIMAR 16m2 Sala para três monitores
Sala de material didático 12 Sala para guardar os recursos didáticos utilizados nos cursos (coleção de animais fixados, baldes, peneiras, etc)
Laboratório 30m2 Local para Triagem de amostras e montagem de aquários, com bancadas e duas cubas (uma normal e outra grande
Sala de aula 50m2 Sala multiuso para 45 alunos com armários para 20 lupas
Gabinete ESEF 16m2 Sala para dois servidores
Sala Monitores ESEF 16m2 Sala para três monitores
Refeitório 70m2 Capacidade 40 pessoas
Cozinha 12m2
Galpão para barcos CECLIMAR e ESEF Vestiários feminino e masculino com sanitários 70m2 Com box para chuveiro, vaso sanitário, vaso sanitário para portadores de necessidades especiais e espaço para armários
Sala de apoio para servidores CECLIMAR 12m2 Sala de dois barqueiros
Área para barcos CECLIMAR 50m2 Ambiente para guardar motores e barcos
Depósito de material de coleta 10m2
Sala para guardar materiais de coleta como: peneiras, redes, coletes de salva-vidas, bambonas, baldes, dragas, etc.
Área para barcos ESEF 100m2

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Boa Viagem

Para aqueles que vão ( e também para os que não vão, mas irão...):


Para aqueles que vão ( e também para os que não vão, mas irão...):

Está na hora de tentarmos responder algumas perguntas importantes:

O QUE VAMOS FAZER EM IMBÉ NESTE FINAL DE SEMANA?

Um dos objetivos desta primeira oficina é construir coletivamente uma espécie de leitura "poética" do lugar, registrando nossas percepções, e refletindo sobre essa vivência. E "poesia", aqui neste contexto, significa poiesis, isto é, processo de criação.

A idéia por trás dessa "idéia" é que possamos construir, de forma participativa, um programa coerente, apoiado em nossos modos de ver o ambiente, explorando nossas subjetividades para, em seguida, buscar uma forma objetiva de projet-ação.

Para fazer isso, vamos tentar aplicar tudo o que estamos trabalhando na dsciplina - Freire, Alexander, Lynch - mas, principalmente, nossas habilidades de olhar. As formas de registro são livres: levem os meios e os materiais que acharem mais adequado para isso. Fotografia, desenho, música, textos... são formas de linguagens que podem ser misturadas, traduzidas umas nas outras, como significações arquitetônicas.

Outro objetivo é nos (re) conhecermos, uns aos outros, e todos juntos, transformando esse encontro numa espécie de "namoro" com o CECLIMAR e suas gentes e suas circunstãncias.

Outro objetivo é...................................................... vamos juntos preencher esta linha :)

POR QUE ESTAMOS FAZENDO ISSO?

Porque, apostando com Paulo Freire, esta é nossa forma de intervir no mundo, através do projeto que aponta para uma (re)construção das coisas, com a consciência do inacabamento, da imperfeição, mas também animados pela alegria, pela curiosidade e pela esperança.

E, com Alexander, porque existe uma diferença objetiva entre um bom e um mau habitat humano: uma diferença que se expressa num "sentir-se inteiro", acolhidos em um ambiente integral e integrador, capaz de potencializar a experiência humana.

Não é outra a função da arquitetura, senão elevar a experiência humana, construir dignidade através de pensamentos e tijolos. Alguém já disse (não lembro quem, mas era alguém muito sábio) que a arquitetura é a construção intensificada pelos sentidos:


(…) Si Ezra Pound afirma que poesía es la lengua cargada de sentido en el mas alto grado possible, "la lengua intensificada", y Auguste Perret plantea que la arquitetctura es la poesía de la construcción, podríamos proponer que la arquitectura es la construccion cargada de sentido en el mas alto grado possible, "la construccion intensificada".


Porque, como sujeitos que coletivamente (re)criam cotidianamente uma instituição chamada UFRGS, como parte desta comunidade acadêmica que nos ultrapassa no tempo e no espaço, estamos comprometidos: um compromisso que conecta os fazeres próprios da arquitetura com os quefazeres implicados em nosso crescimento, como arquitetos e como cidadãos.

Porque... en realidad nuestro norte es el sur.... como disse Joaquín Torres Garcia, para possamos saber onde estamos. Assim, é preciso sulear (uma palavra inventada por Paulo Freire) nossa atitude, abrindo espaço para que a arquitetura seja um direito expresso em nossa cidadania.

QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO TUDO?

Além da possibilidade da realização em si, isto é, de que nossa contribuição ao CECLIMAR possa transformar-se em projetos concretos e que serão executados, penso que a maior importância está no processo de, reunidos, sermos capazes de ultrapassar o egocentrismo do indivíduo, que tanto marca a arquitetura contemporânea, na direção da construção coletiva.

Eis, pois, um caminho que, esperamos, nos leve a compreender um modelo diferente de arquitetura e de arquiteto, insurgentes em relação ao deixar-se levar, tão passivamente, pelo estado aparentemente irreversível das desigualdades e das injustiças. Ou, dito de outro modo:

- insurgente, urgente, gente... já falamos nisso, não?

Assim, as palavras de Paulo Freire, em forma de poesia, nos ajudam a pensar em tudo isso, quando, na "Canção óbvia", ele diz:


Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.

Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos e
conversarei com os homens.
Suarei meu corpo, que o sol queimará,
meus pés aprenderão os mistérios dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais;
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.
Não te esperarei na pura espera
porque meu tempo de espera é um
tempo de quefazer.


Canção óbvia, Paulo Freire



Desejo, sinceramente, que a nossa aventura deste próximo final de semana seja uma oportunidade de pensarmos, juntos, muitas coisas juntas, de realizarmos nosso trabalho com a alegria, a esperança e a curiosidade epistemológica freireana, com a inquietude filosófica de Alexander, e, sobretudo, com a vontade de brindar ao mundo, fazendo-o melhor, em torno de nós.

E que seja o começo de uma aventura maior, feita de muitas aventuras compartilhadas!

abraços a todos,

Leandro

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ceclimar


Colegas!


Nosso “plano B” continua valendo!

Cada um terá de arcar com suas despesas de transporte hospedagem e,
segundo a prof.° Maria Cristina, se a Faculdade de Arquitetura receber a
complementação de sua verba anual, ela irá reembolsar o valor integral
da nossa viagem. Só que não é certo que conseguiremos esse reembolso
e, caso ele for confirmado é possível que demore meses para que o dinheiro
seja repassado para a gente. Peço que após a viagem me entreguem a via
da passagem que fica com o passageiro, pois ela terá de ser anexada ao
nosso pedido formal de reembolso.


Lembrem que cada um é responsável por adquirir sua passagem. Achamos
que o horário mais adequado é o de sábado de manhã com o ônibus
que sai às 8h para a rodoviária de Tramandaí (que é mais próxima da Colônia
de Férias da UFRGS). Outra alternativa de horário seria a das 8h30min.
Em ambos os casos a passagem custa R$19,35 sem seguro e R$20,60 com
seguro. A passagem também pode ser adquirida próxima a faculdade, no
posto de venda da João Pessoa (Av. João Pessoa 1831, praticamente
embaixo do viaduto)!


Outro lembrete: A colônia de férias não disponibiliza roupa de cama, nem de
banho e nem objetos de higiene pessoal. Então levem seus lençóis, cobertores,
toalhas e afins. E um bom par de tênis , pois possivelmente teremos de fazer
o trajeto entre nossa hospedagem e o CECLIMAR a pé e é uma distância
considerável.


Abaixo segue a lista dos que confirmaram presença!
Ainda há tempo de adicionar nomes a ela!

É necessário o RG para confirmar a reserva da colônia de férias!

Qualquer dúvida estou a disposição!
Tamáris L. B. Pivatto
92821842

1 Prof. Leandro -
2 Letícia Peruchi -
3 Cecília Giovenardi Esteve -
4 Cristiane Karasek Wasielewski -
5 Juiana Lang de Pádua -
6 Juliana Ziebell de Oliveira -
7 Natália Torres Dittmar -
8 Rodrigo Urruth Kemmerich -
9 Tamáris L. B. Pivatto -
10 Thaís Grachten Leitão -

Ceclimar


sexta-feira, 25/09, tarde
aula normal, com o desenvolvimento dos trabalhos iniciados na aula anterior.

Viagem a Imbé: saída sábado 26/09, pela manhã (horário conforme disponibilidade de transporte) e retorno 27/09, domingo, por volta das 17 horas.

Sábado - manhã:
chegada em imbé - alojamento - recepção ceclimar

Sábado - tarde
trabalho de campo - reconhecimento de interfaces, registro

Sabado - noite
seminário de parsentação dos trabalhos realizados em aula
confraternização

Domingo - manhã
trabalho de campo - registros

Domingo - tarde
complementação de registros - pre-apresentação

sexta-feira, 4 de setembro de 2009









http://www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc194/mc194.asp

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

http://urbanidades.arq.br/2009/07/christopher-alexander-a-cidade-nao-e-uma-arvore/

http://www.rudi.net/pages/8755

Cristopher Alexander (Viena, 4 de outubro de 1936) é um arquiteto e matemático e urbanista da Áustria. É professor-emeritus da Universidade da Califórnia em Berkeley. Foi um dos críticos da arquitetura moderna apontando a desagregação social causada por ela. Seus estudos contribuíram para a utilização de padrões geométricos e matemáticos no urbanismo e arquitetura.







Clássico: Uma cidade não é uma árvore, por um lado, por Christopher Alexander
Classics RUDI ou arquivos em ...
'A cidade não é uma Árvore "
por Christopher Alexander

UMA CIDADE NÃO É UMA ÁRVORE





CHRISTOPHER ALEXANDER
A árvore do meu título não é uma árvore com folhas verdes. É o nome de uma estrutura abstrata. Vou contrastá-la com outra estrutura mais complexa, abstrata chamada uma 'semi-trama. A fim de relacionar estas estruturas abstratas a natureza da cidade, tenho que primeiro fazer uma distinção simples.

Eu quero chamar aquelas cidades que surgiram mais ou menos espontaneamente ao longo de muitos e muitos anos Cidades natural. E chamarei aquelas cidades ou partes de cidades que foram deliberadamente criados por designers e planejadores de cidades artificiais. Siena, Liverpool, Kyoto e Manhattan são exemplos de cidades naturais. Levittown, Chandigarh e as cidades novas inglesas são exemplos de cidades artificiais.

É cada vez mais amplamente reconhecido hoje que há algum ingrediente essencial faltando cidades artificiais. Quando comparadas com cidades antigas, que adquiriram a pátina da vida, as nossas tentativas modernas de criar cidades artificialmente são, do ponto de vista humano, totalmente infrutífera.

Tanto a árvore ea semilattice são maneiras de pensar sobre como uma grande coleção de pequenos sistemas vai fazer um sistema grande e complexo. Mais geralmente, são os dois nomes para as estruturas de conjuntos.

A fim de definir tais estruturas, deixe-me primeiro definir o conceito de um conjunto. Um conjunto é uma coleção de elementos que por algum motivo, temos de pensar como pertença. Dado que, como designers, estamos preocupados com a cidade de vida física e sua espinha dorsal física, devemos, naturalmente, limitar-nos a considerar conjuntos que são coleções de elementos materiais, como as pessoas, as lâminas de grama, automóveis, moléculas, casas, jardins, tubulações de água , as moléculas de água dentro delas etc

Quando os elementos de um conjunto pertencer juntos porque cooperar ou colaborar de alguma forma, nós chamamos o conjunto de elementos de um sistema.

Por exemplo, em Berkeley, na esquina de Hearst e de Euclides, há uma farmácia, drogaria e fora da luz de tráfego. Na entrada para a farmácia há uma estante onde os jornais do dia são exibidas. Quando a luz está vermelha, as pessoas que estão esperando para atravessar a rua ficar de braços cruzados a luz, e uma vez que eles não têm nada para fazer, eles olham para os jornais expostos na estante que se pode ver de onde estão. Alguns deles simplesmente ler as manchetes, os outros realmente comprar um papel enquanto esperam.

Este efeito torna a estante e os semáforos interativo; a estante, os jornais sobre ele, o dinheiro que vai dos bolsos das pessoas para o slot centavo, as pessoas que param no sinal e lêem jornais, o semáforo, os impulsos elétricos que fazem a mudança luzes, e da calçada que o povo ficar em forma de um sistema - todos eles trabalham juntos.

Do ponto de vista do designer, a parte fisicamente imutável desse sistema é de especial interesse. A estante, o semáforo e na calçada entre eles, relacionada como elas são, formam a parte fixa do sistema. É o receptáculo imutável em que as partes mudança do sistema - as pessoas, jornais, dinheiro e impulsos elétricos - podem trabalhar juntos. Defino esta parte fixa como uma unidade da cidade. Ele deriva da sua coerência como uma unidade, tanto das forças que mantêm seus próprios elementos juntos e da coerência dinâmica do sistema dos seres vivos, que inclui-lo como uma parte fixa invariável.

Dos muitos, muitos subconjuntos fixo de concreto da cidade, que são os receptáculos para os sistemas e podem ser pensados como unidades físicas significativas, normalmente, apenas alguns para consideração especial. Na verdade, eu afirmo que qualquer imagem da cidade tem alguém que é definido justamente pelo que ele vê como subconjuntos de unidades.

Agora, uma coleção de subconjuntos, que vai fazer-se tal quadro não é apenas uma coleção amorfa. Automaticamente, simplesmente porque as relações são estabelecidas entre os subconjuntos uma vez os subconjuntos são escolhidos, a coleção tem uma estrutura definida.

domingo, 23 de agosto de 2009



Paulo Reglus Neves Freire (Recife, Brasil 19 de setembro de 1921 — São Paulo, Brasil 2 de maio de 1997) foi um educador brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.



Biografia
Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife. Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.[carece de fontes?]

O educador procurou fazer uma síntese de algumas correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico.[carece de fontes?] Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos, quase sempre ligados a partidos de esquerda.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.


Primeiros trabalhos
Freire entrou para a Universidade do Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca exerceu a profissão, e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau lecionando língua portuguesa. Em 1944, casou com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de trabalho. Os dois trabalharam juntos pelo resto de suas vidas e tiveram cinco filhos.

Em 1946, Freire foi indicado ao cargo de diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco, onde iniciou o trabalho com analfabetos pobres. Também nessa época aproximou-se do movimento da Teologia da Libertação.

Em 1961 tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife e, em 1962, realizou junto com sua equipe as primeiras experiências de alfabetização popular que levariam à constituição do Método Paulo Freire. Seu grupo foi responsável pela alfabetização de 300 cortadores de cana em apenas 45 dias. Em resposta aos eficazes resultados, o governo brasileiro (que, sob o presidente João Goulart, empenhava-se na realização das reformas de base) aprovou a multiplicação dessas primeiras experiências num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos (os "círculos de cultura") pelo País.

Em 1964, meses depois de iniciada a implantação do Plano, o golpe militar extinguiu esse esforço. Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida passou por um breve exílio na Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade, baseado fundamentalmente na tese Educação e Atualidade Brasileira, com a qual o Freire concorrera, em 1959, à cadeira de História e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade do Recife.

O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele havia concluído a redação de seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, que foi publicado em varias línguas como o espanhol, o inglês (em 1970), e até o hebraico (em 1981). Em razão da rixa política entre a ditadura militar e o socialismo cristão de Paulo Freire[carece de fontes?], ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o general Geisel assumiu a presidência do país e iniciou o processo de abertura política.

Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou como consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e em Moçambique.

Com a Anistia em 1979 Freire pôde retornar ao Brasil, mas só o fez em 1980. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo, e atuou como supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT foi bem sucedido nas eleições municipais de 1988, para a gestão de Luiza Erundina (1989-1993), Freire foi nomeado secretário de Educação da cidade de São Paulo. Exerceu esse cargo de 1989 a 1991. Dentre as marcas de sua passagem pela secretaria municipal de Educação está a criação do MOVA - Movimento de Alfabetização, um modelo de programa público de apoio a salas comunitárias de Educação de Jovens e Adultos que até hoje é adotado por numerosas prefeituras (majoritariamente petistas ou de outras orientações de esquerda) e outras instâncias de governo.

Em 1986, sua esposa Elza morreu. Dois anos depois, em 1988, o educador casou-se com a também pernambucana Ana Maria Araújo Freire, conhecida pelo apelido "Nita", que além de conhecida muito antiga era sua orientanda no programa de mestrado da PUC-SP.

Em 1991 foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para estender e elaborar as idéias de Freire. O instituto mantém até hoje os arquivos do educador, além de realizar numerosas atividades relacionadas com o legado do pensador e a atuação em temas da educação brasileira e mundial.

Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações na operação de desobstrução de artérias.


A Pedagogia da Libertação
Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base (CEB).

No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo menos para a tradição de educação marxista, que incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.



Acesso a obra de Paulo Freire

http://www.forumeja.org.br/livrospaulofreire

http://www.paulofreire.org/Capa/WebHome

quarta-feira, 19 de agosto de 2009


CAMPUS CECLIMAR-UFRGS
agenda para um projeto ambiental participativo
disciplina eletiva - 06 créditos / 90 horas-aula

sala 401 ás 14:00 hs ás 18:00 hs

FACULDADE DE ARQUITETURA

Departamento de Urbanismo

3308 3123


Av. Sarmento Leite, 320 -

CEP 90050-170 - Porto Alegre - RS - Brasil


curiosity - advice to the young - curiosity
curiosidade - conselho aos jovens – curiosidade
Ezra Pound



Professor responsável:
Prof. Leandro Marino Vieira Andrade

Direção CECLIMAR-UFRGS
Profa. Carla Penna Ozorio

Coordenação Executiva:
Arquiteto José Geraldo Vieira da Costa (gestão e infra-estrutura)
Acadêmica Arquitetura Tamáris Luise Braun Pivatto (investigação)

Participações:
Especialistas convidados
Comunidade CECLIMAR-UFRGS
Escritório Modelo Albano Volkmer
Objetivos:

Oferecer aos estudantes de graduação em Arquitetura e Urbanismo, a possibilidade de uma experiência reflexiva-crítica sobre o processo de projetação, baseada em:

a) Um debate teórico que articula, no plano epistêmico, a perspectiva pedagógica de Paulo Freire e a abordagem projetual de Christopher Alexander, e;
b) Um experimento em ateliê, focado em um caso concreto de projeto participativo.

Estabelecer, desenvolver e consolidar um processo participativo de projeto, articulando diferentes agentes – comunidade CECLIMAR-UFRGS, comunidade FARQ-UFRGS, EMAV, etc. - no sentido da construção coletiva de uma agenda para um projeto sustentável para o campus do CECLIMAR-UFRGS.

Promover e reforçar a institucionalização do EMAV, como instância participativa dos estudantes de arquitetura e urbanismo, e como perspectiva de abertura de frentes de extensão universitária.

Súmula:

• Pensar o conhecimento: fundamentos epistemológicos.
• Pedagogia da autonomia: a abordagem de Paulo Freire.
• Espaço, interação e cognição: a abordagem projetual de Christopher Alexander.
• Percepção ambiental: por uma leitura de espaços e comportamentos.
• O problema de projeto: espaço, lugar, programa, forma.
• Dimensões de sustentabilidade - aplicações
• Construções e aberturas: projetando como linguagem de padrões.
• Ateliê: agenda para um projeto ambiental participativo

Pré-requisitos:

• ARQ 02001 Teorias sobre o Espaço Urbano
• ARQ 01009 Projeto Arquitetônico III

Estudantes que não tenham ainda obtido os pré-requisitos assinalados poderão solicitar matrícula, condicionada à entrevista de avaliação com os professores responsáveis pela disciplina.

Vagas oferecidas:
15 (quinze), sujeito a ajuste, conforme demanda

Horário:

Sextas-feiras: das 14h30min às 17hh30min
(seminários / prática de ateliê)
Oficinas de imersão:
Três finais de semana, de sexta-feira a e domingo
Datas a serem definidas
Atividades a serem realizadas no campus do CECLIMAR-UFRGS



(...) O crescimento em grandes dose depende de uma visão descontínua e estática do ambiente humano, o crescimento em pequenas doses depende de uma visão dinâmica e contínua do ambiente.

Christopher Alexander

terça-feira, 18 de agosto de 2009

CONHECENDO O CECLIMAR-UFRGS[1]

INTRODUÇÃO

As lacunas de informações sobre os ecossistemas naturais do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a necessidade de um inventariamento e conhecimento de sua fauna e flora, a observação da influência dos fatores ambientais e a interpretação da dinâmica do sistema, visando a preservação, recuperação e desenvolvimento sustentável da região, levaram a Universidade Federal do Rio Grande do Sul à criação do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos em 25 de maio de 1978. O Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos - CECLIMAR é um órgão auxiliar do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. O Centro desenvolve programas de extensão que repassam a comunidade informações técnico-científicas, produtos das pesquisas desenvolvidas na Universidade e privilegia projetos ligados à Educação Ambiental, para tanto conta com o suporte do Museu de Ciências Naturais e do Minizoológico. Além disso, sedia e apóia atividades de ensino do Instituto de Biociências, como o Curso de Ciências Biológicas, ênfases Biologia Marinha e Costeira e Gestão Ambiental Marinha e Costeira e disponibiliza sua infra-estrutura para projetos de pesquisa desenvolvidos pelo Instituto de Biociências e por outras unidades da UFRGS.


HISTÓRICO


No litoral do Rio Grande do Sul, até a década de 40, a pesquisa era praticamente inexistente. Com a criação da Faculdade de Filosofia da então Universidade de Porto Alegre, em 1942, a realização das primeiras excursões do curso de História Natural levaram a um despertar de interesse pelo Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Tem início nesse tempo, as primeiras pesquisas com a coleta de drosófilas, na localidade de Emboaba, município de Osório, para estudos genéticos; de espécies vegetais com trabalhos de campo que se estendiam de Tramandaí até Torres e de microcrustáceos, em alagados, lagoas e mar na região do Litoral Norte.

Pensando na oportunidade de ter no Litoral Norte instalações adequadas para realização de pesquisas na área, foi elaborado um projeto de criação de um Centro de Ensino e Pesquisa na região. O projeto foi apresentado a V Câmara de Pesquisa da Universidade pelo Professor Irajá Damiani Pinto, do Instituto de Geociências, em 25 de maio de 1978, sendo imediatamente aprovado pelo seu presidente, Pró-Reitor de Pesquisa Prof. Gerhard Jacob, e pelo Magnífico Reitor Prof. Homero Só Jobim.
Inicialmente o Centro instalou-se no Prédio do Almoxarifado da Colônia de Férias da UFRGS, em Tramandaí. No mesmo local, em 1980, foram realizados os primeiros cursos de Biologia Marinha, em níveis de graduação e pós-graduação, para professores de escolas da região.
Em 23 de fevereiro de 1981 foi lançada a pedra fundamental do CECLIMAR, em terreno cedido pelo patrimônio da União, localizado às margens da Lagoa de Tramandaí, em Imbé, e em 7 de janeiro de 1983 foram inaugurados os primeiros prédios, com recursos financeiros postos à disposição, através da FAPERGS, pelo Governador do Estado José Augusto Amaral de Souza, o que permitiu a intensificação dos cursos, das pesquisas e a instalação de Museu, Aquários, Minizoológico e Marina. Novo e importante impulso foi dado ao CECLIMAR em 22 de janeiro de 1986 com a inauguração de mais um prédio, concluído com recursos complementados pelo CNPq e UFRGS, o que permitiu não só a ampliação de suas atividades, como de novos e amplos aquários.


OBJETIVOS


Ao longo de mais de vinte e cinco anos de existência, o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos – CECLIMAR firmou-se, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, como um espaço de referência educativo-cultural para estudantes, professores e a comunidade em geral. O Centro tem como objetivos:

Desenvolver programas de ensino superior, tendo em vista a formação de recursos humanos de alto nível;
Oportunizar o desenvolvimento de projetos de pesquisa, de caráter interdisciplinar, que aprofundem o conhecimento dos ecossistemas regionais e seus recursos naturais;
Desenvolver programas de extensão que repassem informações técnico-científicas e culturais à comunidade, com ênfase à Educação Ambiental.
Para atingir esses objetivos, o CECLIMAR atua em interação com diversas unidades da UFRGS e outras instituições públicas e privadas. Na região, o CECLIMAR tem trabalhado de forma conjunta e participativa com vários segmentos da comunidade, através de convênios e assessorias, principalmente com prefeituras do Litoral Norte. Atividades voltadas à percepção e educação ambiental, ao ensino e à pesquisa dos ecossistemas costeiros e de sua biodiversidade tem permeado diversas ações desenvolvidas de forma integrada pelo Museu de Ciências Naturais, Minizoológico, Centro de Reabilitação de Fauna Marinha e Silvestre e Setores de Ensino, Pesquisa e Extensão do CECLIMAR e do Instituto de Biociências.


[1] Fonte: http://www.ufrgs.br/ceclimar/ - a disciplina não é responsável pelas informações aqui transcritas.
Cronograma:

Etapas de elaboração do trabalho.

SEMANA ATELIÊ
OFICINAS DE IMERSÃO
1.
Apresentação da disciplina:Por uma arquitetura insurgente
2.
Seminário: Diálogos Freire - Alexander
3.
Seminário: Percepção ambiental
4.
Leituras da estrutura ambiental
5.
Seminário: Leituras da estrutura ambiental
6.
Seminário: Pautas de sustentabilidade
7.
Seminário: Linguagem de padrões
8.
Puxadinhos inteligentes…
9.
Ateliê: Desenvolvimento de projetos
10. 11.
Seminário: apresentação dos resultados parciais
Puxadinhos inteligentes…
12.
Agenda para um projeto ambiental participativo
13.
Ateliê: Desenvolvimento de projetos
14. 15. 16.
Ateliê:
Plano de conjunto
17.18.
Seminário: apresentação dos resultados finais
agenda para um projeto ambiental participativo




Cremos que uma ordem orgânica autêntica só pode ser alcançada através de uma anarquia responsável, em que as pessoas se sintam livres para construir aquilo que desejam, e, ao mesmo tempo, sentindo-se amimadas para agir individualmente no bem de um comunidade que as ultrapassa, sem serem forçadas a isso por uma autoridade superior.
Christopher Alexander


Projeto e Autonomia: lições freireanas
Leandro Marino Vieira Andrade


Eis, pois, a tradução subversiva que propomos a partir da leitura de Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire (1996). Na seqüência, um esquema (um índice, nos muitos sentidos) que transcreve todos os títulos e subtítulos dos capítulos e seções da pequena grande obra do pensador brasileiro, encostando, ao lado do ensinar, a palavra projetar e, aqui e ali, incluindo alguma outra necessária para dar sentido e contexto. Sobretudo porque, como disse o poeta Haroldo de Campos, tão simplesmente: traduzir pode ser "trair", nunca petrificar.

Não há docência/projetação sem discência/aprendizagem (1996:23-51).
Ensinar/projetar exige rigorosidade metódica
Ensinar/projetar exige pesquisa
Ensinar/projetar exige respeito aos saberes dos educandos/da comunidade
Ensinar/projetar exige criticidade
Ensinar/projetar exige estética e ética
Ensinar/projetar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo
Ensinar/projetar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação
Ensinar/projetar exige reflexão crítica sobre a prática
Ensinar/projetar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural

Ensinar/projetar não é transferir conhecimento (1996: 51-101)
Ensinar/projetar exige consciência do inacabamento
Ensinar/projetar exige o reconhecimento de ser condicionado
Ensinar/projetar exige respeito à autonomia do ser do educando/do sentido de comunidade
Ensinar/projetar exige bom senso
Ensinar/projetar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores/projetistas
Ensinar/projetar exige apreensão da realidade
Ensinar/projetar exige alegria e esperança
Ensinar/projetar exige a convicção de que a mudança é possível
Ensinar/projetar exige curiosidade

Ensinar/projetar é uma especificidade humana (1996:102-165)
Ensinar/projetar exige segurança, competência profissional e generosidade
Ensinar/projetar exige comprometimento
Ensinar/projetar exige compreender que a educação/projetação é uma forma de intervenção no mundo
Ensinar/projetar exige liberdade e autoridade
Ensinar/projetar exige tomada consciente de decisões
Ensinar/projetar exige saber escutar
Ensinar/projetar exige reconhecer que a educação/projetação é ideológica
Ensinar/projetar exige disponibilidade para o diálogo
Ensinar/projetar exige querer bem aos educandos/à comunidade




FREIRE, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
Bibliografia de Referência (ampliada)

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Desenho porque quero ver.
Carlo Scarpa

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CAMPUS CECLIMAR-UFRGS


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ARQUITETURA – DEPARTAMENTO DE URBANISMO
ARQ 02.015 - Tópico Especial em Urbanismo IA

CAMPUS CECLIMAR-UFRGS
diretrizes para um projeto ambiental participativo
Disciplina eletiva - 06 créditos / 90 horas-aula
Professor responsável:
Prof. Leandro Marino Vieira Andrade

Direção CECLIMAR-UFRGS
Profa. Carla Penna Ozorio

Coordenação Executiva:
Arquiteto José Geraldo Vieira da Costa
Acadêmica Arquitetura Tamáris Luise Braun Pivatto

Participações:
Especialistas convidados
Comunidade CECLIMAR-UFRGS
Escritório Modelo Albano Volkmer

Ceclimar




http://www.ufrgs.br/ceclimar/index.htm