
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Para aqueles que vão ( e também para os que não vão, mas irão...):

Para aqueles que vão ( e também para os que não vão, mas irão...):
Está na hora de tentarmos responder algumas perguntas importantes:
O QUE VAMOS FAZER EM IMBÉ NESTE FINAL DE SEMANA?
Um dos objetivos desta primeira oficina é construir coletivamente uma espécie de leitura "poética" do lugar, registrando nossas percepções, e refletindo sobre essa vivência. E "poesia", aqui neste contexto, significa poiesis, isto é, processo de criação.
A idéia por trás dessa "idéia" é que possamos construir, de forma participativa, um programa coerente, apoiado em nossos modos de ver o ambiente, explorando nossas subjetividades para, em seguida, buscar uma forma objetiva de projet-ação.
Para fazer isso, vamos tentar aplicar tudo o que estamos trabalhando na dsciplina - Freire, Alexander, Lynch - mas, principalmente, nossas habilidades de olhar. As formas de registro são livres: levem os meios e os materiais que acharem mais adequado para isso. Fotografia, desenho, música, textos... são formas de linguagens que podem ser misturadas, traduzidas umas nas outras, como significações arquitetônicas.
Outro objetivo é nos (re) conhecermos, uns aos outros, e todos juntos, transformando esse encontro numa espécie de "namoro" com o CECLIMAR e suas gentes e suas circunstãncias.
Outro objetivo é...................................................... vamos juntos preencher esta linha :)
POR QUE ESTAMOS FAZENDO ISSO?
Porque, apostando com Paulo Freire, esta é nossa forma de intervir no mundo, através do projeto que aponta para uma (re)construção das coisas, com a consciência do inacabamento, da imperfeição, mas também animados pela alegria, pela curiosidade e pela esperança.
E, com Alexander, porque existe uma diferença objetiva entre um bom e um mau habitat humano: uma diferença que se expressa num "sentir-se inteiro", acolhidos em um ambiente integral e integrador, capaz de potencializar a experiência humana.
Não é outra a função da arquitetura, senão elevar a experiência humana, construir dignidade através de pensamentos e tijolos. Alguém já disse (não lembro quem, mas era alguém muito sábio) que a arquitetura é a construção intensificada pelos sentidos:
(…) Si Ezra Pound afirma que poesía es la lengua cargada de sentido en el mas alto grado possible, "la lengua intensificada", y Auguste Perret plantea que la arquitetctura es la poesía de la construcción, podríamos proponer que la arquitectura es la construccion cargada de sentido en el mas alto grado possible, "la construccion intensificada".
Porque, como sujeitos que coletivamente (re)criam cotidianamente uma instituição chamada UFRGS, como parte desta comunidade acadêmica que nos ultrapassa no tempo e no espaço, estamos comprometidos: um compromisso que conecta os fazeres próprios da arquitetura com os quefazeres implicados em nosso crescimento, como arquitetos e como cidadãos.
Porque... en realidad nuestro norte es el sur.... como disse Joaquín Torres Garcia, para possamos saber onde estamos. Assim, é preciso sulear (uma palavra inventada por Paulo Freire) nossa atitude, abrindo espaço para que a arquitetura seja um direito expresso em nossa cidadania.
QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO TUDO?
Além da possibilidade da realização em si, isto é, de que nossa contribuição ao CECLIMAR possa transformar-se em projetos concretos e que serão executados, penso que a maior importância está no processo de, reunidos, sermos capazes de ultrapassar o egocentrismo do indivíduo, que tanto marca a arquitetura contemporânea, na direção da construção coletiva.
Eis, pois, um caminho que, esperamos, nos leve a compreender um modelo diferente de arquitetura e de arquiteto, insurgentes em relação ao deixar-se levar, tão passivamente, pelo estado aparentemente irreversível das desigualdades e das injustiças. Ou, dito de outro modo:
- insurgente, urgente, gente... já falamos nisso, não?
Assim, as palavras de Paulo Freire, em forma de poesia, nos ajudam a pensar em tudo isso, quando, na "Canção óbvia", ele diz:
Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.
Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos e
conversarei com os homens.
Suarei meu corpo, que o sol queimará,
meus pés aprenderão os mistérios dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais;
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.
Não te esperarei na pura espera
porque meu tempo de espera é um
tempo de quefazer.
Canção óbvia, Paulo Freire
Desejo, sinceramente, que a nossa aventura deste próximo final de semana seja uma oportunidade de pensarmos, juntos, muitas coisas juntas, de realizarmos nosso trabalho com a alegria, a esperança e a curiosidade epistemológica freireana, com a inquietude filosófica de Alexander, e, sobretudo, com a vontade de brindar ao mundo, fazendo-o melhor, em torno de nós.
E que seja o começo de uma aventura maior, feita de muitas aventuras compartilhadas!
abraços a todos,
Leandro
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Ceclimar

Colegas!
Nosso “plano B” continua valendo!
Cada um terá de arcar com suas despesas de transporte hospedagem e,
segundo a prof.° Maria Cristina, se a Faculdade de Arquitetura receber a
complementação de sua verba anual, ela irá reembolsar o valor integral
da nossa viagem. Só que não é certo que conseguiremos esse reembolso
e, caso ele for confirmado é possível que demore meses para que o dinheiro
seja repassado para a gente. Peço que após a viagem me entreguem a via
da passagem que fica com o passageiro, pois ela terá de ser anexada ao
nosso pedido formal de reembolso.
Lembrem que cada um é responsável por adquirir sua passagem. Achamos
que o horário mais adequado é o de sábado de manhã com o ônibus
que sai às 8h para a rodoviária de Tramandaí (que é mais próxima da Colônia
de Férias da UFRGS). Outra alternativa de horário seria a das 8h30min.
Em ambos os casos a passagem custa R$19,35 sem seguro e R$20,60 com
seguro. A passagem também pode ser adquirida próxima a faculdade, no
posto de venda da João Pessoa (Av. João Pessoa 1831, praticamente
embaixo do viaduto)!
Outro lembrete: A colônia de férias não disponibiliza roupa de cama, nem de
banho e nem objetos de higiene pessoal. Então levem seus lençóis, cobertores,
toalhas e afins. E um bom par de tênis , pois possivelmente teremos de fazer
o trajeto entre nossa hospedagem e o CECLIMAR a pé e é uma distância
considerável.
Abaixo segue a lista dos que confirmaram presença!
Ainda há tempo de adicionar nomes a ela!
É necessário o RG para confirmar a reserva da colônia de férias!
Qualquer dúvida estou a disposição!
Tamáris L. B. Pivatto
92821842
1 Prof. Leandro -
2 Letícia Peruchi -
3 Cecília Giovenardi Esteve -
4 Cristiane Karasek Wasielewski -
5 Juiana Lang de Pádua -
6 Juliana Ziebell de Oliveira -
7 Natália Torres Dittmar -
8 Rodrigo Urruth Kemmerich -
9 Tamáris L. B. Pivatto -
10 Thaís Grachten Leitão -
Ceclimar

sexta-feira, 25/09, tarde
aula normal, com o desenvolvimento dos trabalhos iniciados na aula anterior.
Viagem a Imbé: saída sábado 26/09, pela manhã (horário conforme disponibilidade de transporte) e retorno 27/09, domingo, por volta das 17 horas.
Sábado - manhã:
chegada em imbé - alojamento - recepção ceclimar
Sábado - tarde
trabalho de campo - reconhecimento de interfaces, registro
Sabado - noite
seminário de parsentação dos trabalhos realizados em aula
confraternização
Domingo - manhã
trabalho de campo - registros
Domingo - tarde
complementação de registros - pre-apresentação
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
http://urbanidades.arq.br/2009/07/christopher-alexander-a-cidade-nao-e-uma-arvore/
http://www.rudi.net/pages/8755
Cristopher Alexander (Viena, 4 de outubro de 1936) é um arquiteto e matemático e urbanista da Áustria. É professor-emeritus da Universidade da Califórnia em Berkeley. Foi um dos críticos da arquitetura moderna apontando a desagregação social causada por ela. Seus estudos contribuíram para a utilização de padrões geométricos e matemáticos no urbanismo e arquitetura.
http://www.rudi.net/pages/8755
Cristopher Alexander (Viena, 4 de outubro de 1936) é um arquiteto e matemático e urbanista da Áustria. É professor-emeritus da Universidade da Califórnia em Berkeley. Foi um dos críticos da arquitetura moderna apontando a desagregação social causada por ela. Seus estudos contribuíram para a utilização de padrões geométricos e matemáticos no urbanismo e arquitetura.

Clássico: Uma cidade não é uma árvore, por um lado, por Christopher Alexander
Classics RUDI ou arquivos em ...
'A cidade não é uma Árvore "
por Christopher Alexander
UMA CIDADE NÃO É UMA ÁRVORE
CHRISTOPHER ALEXANDER
A árvore do meu título não é uma árvore com folhas verdes. É o nome de uma estrutura abstrata. Vou contrastá-la com outra estrutura mais complexa, abstrata chamada uma 'semi-trama. A fim de relacionar estas estruturas abstratas a natureza da cidade, tenho que primeiro fazer uma distinção simples.
Eu quero chamar aquelas cidades que surgiram mais ou menos espontaneamente ao longo de muitos e muitos anos Cidades natural. E chamarei aquelas cidades ou partes de cidades que foram deliberadamente criados por designers e planejadores de cidades artificiais. Siena, Liverpool, Kyoto e Manhattan são exemplos de cidades naturais. Levittown, Chandigarh e as cidades novas inglesas são exemplos de cidades artificiais.
É cada vez mais amplamente reconhecido hoje que há algum ingrediente essencial faltando cidades artificiais. Quando comparadas com cidades antigas, que adquiriram a pátina da vida, as nossas tentativas modernas de criar cidades artificialmente são, do ponto de vista humano, totalmente infrutífera.
Tanto a árvore ea semilattice são maneiras de pensar sobre como uma grande coleção de pequenos sistemas vai fazer um sistema grande e complexo. Mais geralmente, são os dois nomes para as estruturas de conjuntos.
A fim de definir tais estruturas, deixe-me primeiro definir o conceito de um conjunto. Um conjunto é uma coleção de elementos que por algum motivo, temos de pensar como pertença. Dado que, como designers, estamos preocupados com a cidade de vida física e sua espinha dorsal física, devemos, naturalmente, limitar-nos a considerar conjuntos que são coleções de elementos materiais, como as pessoas, as lâminas de grama, automóveis, moléculas, casas, jardins, tubulações de água , as moléculas de água dentro delas etc
Quando os elementos de um conjunto pertencer juntos porque cooperar ou colaborar de alguma forma, nós chamamos o conjunto de elementos de um sistema.
Por exemplo, em Berkeley, na esquina de Hearst e de Euclides, há uma farmácia, drogaria e fora da luz de tráfego. Na entrada para a farmácia há uma estante onde os jornais do dia são exibidas. Quando a luz está vermelha, as pessoas que estão esperando para atravessar a rua ficar de braços cruzados a luz, e uma vez que eles não têm nada para fazer, eles olham para os jornais expostos na estante que se pode ver de onde estão. Alguns deles simplesmente ler as manchetes, os outros realmente comprar um papel enquanto esperam.
Este efeito torna a estante e os semáforos interativo; a estante, os jornais sobre ele, o dinheiro que vai dos bolsos das pessoas para o slot centavo, as pessoas que param no sinal e lêem jornais, o semáforo, os impulsos elétricos que fazem a mudança luzes, e da calçada que o povo ficar em forma de um sistema - todos eles trabalham juntos.
Do ponto de vista do designer, a parte fisicamente imutável desse sistema é de especial interesse. A estante, o semáforo e na calçada entre eles, relacionada como elas são, formam a parte fixa do sistema. É o receptáculo imutável em que as partes mudança do sistema - as pessoas, jornais, dinheiro e impulsos elétricos - podem trabalhar juntos. Defino esta parte fixa como uma unidade da cidade. Ele deriva da sua coerência como uma unidade, tanto das forças que mantêm seus próprios elementos juntos e da coerência dinâmica do sistema dos seres vivos, que inclui-lo como uma parte fixa invariável.
Dos muitos, muitos subconjuntos fixo de concreto da cidade, que são os receptáculos para os sistemas e podem ser pensados como unidades físicas significativas, normalmente, apenas alguns para consideração especial. Na verdade, eu afirmo que qualquer imagem da cidade tem alguém que é definido justamente pelo que ele vê como subconjuntos de unidades.
Agora, uma coleção de subconjuntos, que vai fazer-se tal quadro não é apenas uma coleção amorfa. Automaticamente, simplesmente porque as relações são estabelecidas entre os subconjuntos uma vez os subconjuntos são escolhidos, a coleção tem uma estrutura definida.
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